Chris Brown processa Ample, LLC e Warner Brothers em ação judicial de meio bilhão de dólares por documentário difamatório
Artista alega difamação e busca justiça contra acusações desacreditadas divulgadas em documentário sensacionalista.
O cantor, compositor e rapper Chris Brown entrou com uma ação judicial no valor de US$ 500 milhões contra as empresas Ample, LLC, Warner Brothers e outros indivíduos responsáveis pela produção do documentário Chris Brown: A History of Violence. A denúncia, apresentada no Tribunal Superior de Los Angeles em 21 de janeiro de 2025, acusa as partes envolvidas de difamação e promoção de informações falsas que prejudicaram gravemente a reputação do artista.
O documentário, lançado em 27 de outubro de 2024, traz alegações polêmicas, incluindo acusações de abuso sexual e adulteração de provas, que, segundo a equipe jurídica de Brown, já haviam sido desacreditadas judicialmente. A defesa do cantor alega que os produtores, cientes de que essas acusações não tinham base, ainda assim optaram por divulgar um conteúdo sensacionalista com o objetivo de atrair audiência e gerar lucro, em detrimento da verdade e da ética jornalística.
Um dos principais focos da narrativa do documentário é Daisia Chantel Frank, identificada como "Jane Doe". De acordo com os advogados de Brown, liderados por Levi G. McCathern e Evan Selik, as alegações de Frank contra o cantor foram completamente desmentidas em tribunal há anos. Eles afirmam ainda que Frank possui um histórico de violência doméstica, com registros de agressões e ameaças contra seu parceiro, e que sua relação com Chris Brown foi consensual, como demonstrado por mensagens e gravações apresentadas como prova.
A defesa critica duramente os produtores por elevarem alegações falsas em detrimento de evidências claras que contradizem as acusações. "Apesar de serem plenamente informados sobre a falsidade das alegações, os responsáveis pelo documentário decidiram amplificar essas mentiras, ignorando suas obrigações éticas como jornalistas", declarou Levi McCathern. Ele também destacou que o impacto do filme compromete não apenas a reputação de Brown, mas também desrespeita as experiências de sobreviventes genuínos de violência.
Chris Brown, que há mais de uma década trabalha para reconstruir sua imagem após controvérsias públicas, afirma que o documentário desconsiderou os esforços que ele tem feito para mudar sua trajetória. Ele busca reparação pelos danos causados, bem como responsabilização dos envolvidos pela disseminação de desinformação.
Além disso, o cantor anunciou que parte dos US$ 500 milhões reivindicados será destinada a organizações que apoiam sobreviventes de abuso sexual, reforçando seu compromisso em usar a situação para promover justiça e ajudar outras pessoas.
Em seu comunicado, Brown reafirmou sua inocência em relação às alegações apresentadas no documentário. "Este caso é sobre proteger a verdade", disse ele. O cantor também destacou que sua história real já foi contada no documentário de 2017, Chris Brown: Welcome to My Life, que ele considera a versão definitiva sobre sua jornada e crescimento pessoal.
A ação judicial lança um holofote sobre os limites éticos de produções documentais e a responsabilidade das empresas de entretenimento ao tratar de acusações sérias. O caso também reacende o debate sobre a exploração de figuras públicas para fins comerciais e a importância de priorizar a veracidade em produções jornalísticas e de entretenimento.
Enquanto isso, a indústria e o público aguardam os desdobramentos do processo, que pode se tornar um marco na relação entre celebridades, mídia e grandes estúdios.
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